O Grand Hotel do Guarujá foi, nas primeiras décadas do século XX, um dos mais sofisticados e emblemáticos hotéis do Brasil. Localizado na charmosa Praia de Pitangueiras, o hotel simbolizava o requinte da elite paulista e brasileira que buscava descanso à beira-mar, em um tempo em que o Guarujá era considerado a “pérola do Atlântico”.
Um refúgio da elite e a presença de Santos Dumont
Inaugurado em 1912, o Grand Hotel do Guarujá logo se tornou ponto de encontro da alta sociedade. O edifício, com arquitetura imponente e inspirado nos hotéis-cassino da Riviera Francesa, oferecia aos hóspedes luxo, festas, orquestras, banhos de mar com elegância e até um cassino, o que era um grande atrativo até a proibição do jogo no Brasil em 1946.
Entre seus ilustres hóspedes, destacou-se Santos Dumont, o “Pai da Aviação”. Reza a história que o aviador, conhecido por seu bom gosto e por frequentar os ambientes mais refinados da época, hospedou-se no Grand Hotel e encantou-se com a beleza natural e a tranquilidade do litoral paulista. A presença dele ajudou a consolidar a imagem do hotel como um espaço exclusivo e de prestígio.
Ferrovia que passava em frente o Grad Hotel La Plage.
Santos Dumont cometeu suicídio em 23 de julho de 1932, no Guarujá, enforcando-se com uma gravata em seu quarto de hotel. Ele sofria de esclerose múltipla e depressão, e seu ato foi atribuído ao desgosto pelo uso de suas invenções na guerra, especialmente na Revolução Constitucionalista de 1932.
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